Parâmetro 3: As vestes e a Modéstia - (1 Tm 2.9)
Aqui encontramos mais um parâmetro divino para a vestimenta do cristão que quer submeter-se à vontade de Deus.
A modéstia se contrapõe também a pelo menos duas obras da carne citadas em Gálatas 5: idolatria e ciúmes.
Por que idolatria? Porque a falta de modéstia, em primeiro lugar, pode representar um culto a si mesmo.A mulher e o homem que ostentam, o fazem para atrair atenção para si.Querem se sentir o centro das atenções. É a vontade terrível e oculta que o ser humano tem de ser Deus.Por mais que seja algo difícil de admitir mas é exatamente este processo que pode desencadear a falta de modéstia.
Por outro lado, o ciúme,ou seja, o desejo de ter para si o que os outros têm, desencadeia, igualmente a ostentação caracterizadora da falta de modéstia. A falta do Espírito Santo nas vidas e nas congregações tem tirado esta virtude que já foi marca registrada na igreja. Ao invés de se entender que isto é obra da carne e se extirpar o mal pela raiz, infelizmente a maior parte dos líderes tem tentado “domesticar” a fera, e tentam então estabelecer limites para os “exageros”.Em momento algum a Bíblia nos manda domesticar a carne ou conviver com ela:a carne tem de ser crucificada. “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena...” (Cl 3.5) “e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).
Em uma comparação com um filtro, a modéstia seria mais uma camada pelas quais a moda deve passar para ser aprovada ou não antes de fazer parte do vestuário do cristão verdadeiro.
A palavra grega usada é aidos, que significa reverência, respeito, modéstia. Modéstia é, pois, ausência de vaidade, despretensão,desambição,moderação,sobriedade.
De igual modo, em 1Pe 3.3, Deus ensina que a beleza das mulheres não deve estar no aparato de vestuário. Aparato significa magnificência, luxo, pompa.
Russell N. Champlin (comentarista bíblico) entende que “estas palavras não proíbem o uso de roupas de boa qualidade, nem encorajaram o desleixo nas vestes.Antes, proíbem a tentativa de ostentação deliberada, através de vestidos bordados em ouro ou com jóias, o que, naturalmente, dariam a impressão de fausto além de ser sexualmente estimulante”.
Para a mulher crente, o seu ornamento deve ser a espiritualidade obtida da parte de Cristo, o seu Senhor.
Logo, à vontade de Deus é que as vestes não sirvam de manifestação de vaidade, luxo ou pompa, mas pelo contrário, sejam constituídas de peças que demonstrem simplicidade, moderação e sobriedade.
Aliás, em 1Tm 2.9, o Senhor é expresso em vedar o uso de “vestuário dispendioso”, isto é, o uso de roupas caras. Não é o desproporcional preço das roupas que indicarão qualidade. A cristã e o cristão não precisam comprar roupas em uma butique famosa só para sair mostrando a etiqueta. Isto é para um mundo sem Deus onde as pessoas valem pelo que demonstram ter.Nós valemos pelo que somos.Somos filhos de Deus e comprados por um alto preço:o sangue de Cristo Jesus.
Porém para quem é controlado pelo Espírito Santo, griffe ou marca não tem valor algum.A qualidade da roupa sendo boa, não precisa mais nada!
Algo que entristece o coração de Cristo são os famosos “desfiles de moda” presente em tantos templos, onde as vestimentas, ao invés de demonstrar recato e modéstia,servem como meio de auto-afirmação daqueles que, humilhando os de menos posses, procuram demonstrar o quão “abençoados” foram por Deus com toda a sorte de “prosperidade”.
Que contraste com o Filho de Deus cujas primeiras roupas foram simples panos que o envolviam na também simples manjedoura.
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