Ouça Rádio Aliança

segunda-feira, 4 de abril de 2011

4 - PARÂMETROS BÍBLICOS PARA A VESTIMENTA DO CRISTÃO

Parâmetro 2.1: A vestimenta peculiar e a Decência 

Sobre a Calça, vestimenta peculiar do homem
(Deuteronômio 22:5) – A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à  mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao SENHOR teu Deus.
          
           Há muitos que gostariam, se pudessem retirar este versículo da Bíblia, como não podem, tentam conseguir vários argumentos e interpretações humanas à fim de distorcer esta revelação da vontade de Deus, para justificar o uso da calça na mulher.

1-Este mandamento faz parte da Lei de Moisés e do Velho Testamento?
         A pesar dos ensinamentos do apóstolo Pedro à Igreja , já no Novo Testamento, usarem e ordenarem o uso deste versículo bíblico, ou seja , há argumento no Novo Testamento para o uso deste versículo pois Pedro cita como exemplo a ser seguido as mulheres de “antigamente”, queremos nos deter a esclarecer alguns fatos sobre Lei x Graça. Só por esse versículo já é suficiente para fazer uso de Dt 22.5.

(I Pedro 3:5) - Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos;
          A Lei é dividida, basicamente, na Lei moral e Cerimonial - Cívica, A Lei Cerimonial-Cívica consiste no aparato formador da religião judaica,ou seja, no rito, na forma de se chegar a Deus, no caminho proposto por Deus para o povo manter contato com Ele.
          Já a lei Moral são aqueles preceitos que manifestam o caráter de Deus, que revelam os desígnios, propósitos e princípios de atuação e de valores estabelecidos pelo Senhor.
         Assim os manjares, os sacrifícios, as festas, os sábados (todos eles, ou seja, tanto o dia quanto os anos sabáticos), o sistema sacerdotal, a circuncisão, etc, fazem parte da lei cerimonial. Toda essa parte da lei não foi revogada, mas foi cumprida em Jesus. Ele mesmo afirma que “não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5.17). O apóstolo Paulo explica essa verdade espiritual na Epístola aos Colossenses 2.17: “porque tudo isso tem sido sombras das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”. Com esta ilustração, Paulo bem demonstra que a lei cerimonial não foi revogada, mas cumprida. Ora, se você está quase em uma esquina e alguém vem se aproximando, você saberá disso porque primeiro avistará a sua sombra e, quando a pessoa chegar na rua onde você está, então enxergará o seu corpo. A sombra não foi revogada, mas foi cumprida.Ou seja, a sombra continua a existir, mas agora ela não é mais importante porque você está vendo o corpo que a sombra anunciava. O corpo é mais importante do que a sombra. Se o corpo está presente, não é preciso mais olhar para a sombra para sabermos como é o corpo.Se quisermos conversar com aquela pessoa,sabermos como ela é,termos contato com ela, temos que nos dirigir para o corpo.Por esse motivo, não precisamos mais atentar para a lei cerimonial-cívica. Porque aquilo tudo era sombra e, agora, temos o corpo que é Jesus Cristo.
        Já como lei moral temos,por exemplo, os mandamentos de não matar, de não cobiçar a mulher do próximo, de não furtar, etc. Estes mandamentos não ensinam um sistema religioso, mas revelam uma linha de comportamento desejada por Deus para as suas criaturas.

         Surge a pergunta: Temos que obedecer a lei moral para sermos salvos?
         A resposta é não, obedecemos à lei moral porque somos salvos.

         A bíblia nos ensina, em (Rm 8.3), que é impossível a lei salvar, visto que estava enferma pela carne, isto é, a carne (natureza decaída que induz a tendência do homem praticar as coisas contrárias a lei do Senhor) tornou inviável a lei como meio de salvação,porquanto ninguém, a não ser o Senhor Jesus, conseguiu cumpri-la integralmente. A salvação é pela graça de Deus.
         Vem a pergunta: Se a salvação é pela graça, então não é necessário obedecer aos mandamentos de Deus? O apóstolo Paulo responde:
(Romanos 6:2) - De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
         Mas então qual a diferença entre a lei e a graça?É simples.
         Na lei, o homem tinha que obedecer para ser salvo; na graça, o homem obedece porque é salvo.
         Na lei, o homem tinha que obedecer com suas próprias forças; na graça, o homem obedece com a força do Espírito Santo.
         Na lei, a salvação tinha que ser pelos méritos humanos; na graça, os méritos são do Senhor,pois Ele opera em nós tanto o querer quanto o efetuar.
         Na lei, o homem tinha que obedecer a Deus sem que tivesse a natureza divina;na graça, obedecemos a Deus porque, quando do novo nascimento, recebemos a Sua natureza divina;
         Na lei, a obediência de TODOS os mandamentos seria a CAUSA da salvação; na graça, a santificação progressiva, que nos leva a um caminho de perfeição, é CONSEQÜÊNCIA da salvação.
         Assim, se na graça somos salvos porque em conseqüência do novo nascimento recebemos a natureza divina, é natural que obedecemos à lei moral de Deus, registrada no Antigo Testamento, pois tal lei revela a natureza e o caráter de Deus. Ora, se já recebemos tal natureza, é certo que, através da santificação progressiva, seremos mais parecidos com o Senhor e, em conseqüência, estaremos andando de acordo com a lei que demonstra o caráter daquEle de quem somos filhos.

         Como vimos no tópico que relata ,a questão das vestes, os mandamentos bíblicos antecedem a própria edição da lei de Moisés,não se tratando, assim, da lei cerimonial, mas sim manifestando o caráter de santidade de Deus. Disserte, se realmente somos nascidos de novo e a natureza divina está crescendo e se manifestando em nossas vidas, necessariamente teremos manifestado em nossa maneira de vestir este mesmo caráter santo do Senhor.

2-Uma interpretação possessiva e individual sobre o assunto
          Por que uma interpretação individualista e possessiva? Porque alguns dizem: “Se eu comprei esta roupa, a roupa é minha, então a roupa assume ser do meu sexo”,ou seja, se uma mulher foi quem comprou, torna-se uma veste de mulher, apenas porque é dela. Para uma igreja que ensina assim, deveria ensinar que seria pecado, por exemplo, a esposa usar um blusão,moletom ou jaqueta do marido em uma ocasião necessária. Isto sim seria ridículo e legalista. Que diríamos de algumas roupas que não caracterizam ser de homem ou de mulher, como a camiseta?Se interpretássemos o versículo ora estudado,assim, haveríamos de conseqüentemente cair em algumas aberrações de doutrina.
         Na verdade o mandamento não se restringe ao possuidor da vestimenta, e sim é amplo a dois grupos distintos: Vestimenta do grupo dos homens e vestimenta do grupo das mulheres, tanto é que algumas traduções da bíblia trazem a palavra peculiar.
         A bíblia fala de “veste peculiar à mulher”, peculiar significa: que pertence exclusivamente a uma pessoa ou coisa (Ex 19.5), a expressão não individualiza exemplo “a uma mulher” ela generaliza “à mulher” (todas elas). Assim, a palavra diz respeito a um grupo de vestimentas, peculiar a todas as mulheres. Extraímos deste texto que: Primeiro, as mulheres de antigamente (1 Pe 3.5), vestiam-se com um grupo de vestimentas que era exclusiva à mulher (comum e exclusiva a todas as mulheres), disserte que também o homem reconhecia e vestia-se com um grupo de vestimenta que era exclusiva ao homem.
         Segundo, na universalidade do mandamento vimos uma ordenança de Deus, revelando sua vontade, em que o homem vista-se com um tipo de vestimenta diferente da mulher e vice-versa. Algo que caracterizasse homem e mulher pela sua vestimenta. Não variando apenas no modelo, ou ornamentos,ou seja, não adiantaria uma mulher pegar uma vestimenta típica do homem e tentar adaptá-la dentro de outro modelo ou forma de colocar, pois a veste continuaria sendo peculiar ao homem, é isto o abominável a Deus.
         Por fim, ainda em relação à lei moral de Deus, a Bíblia ensina que deve haver plena distinção entre as vestimentas usadas pelo homem e as usadas pela mulher.
        Havia entre o povo de Deus, e também hoje deve haver,vestes peculiares ao homem e vestes peculiares à mulher. O Senhor ,sabiamente, não fixou um molde específico de como devem ser as vestes.Basta-lhe que haja uma diferença marcante.Dessa forma, este mandamento divino pode ser adaptado a qualquer cultura.
       Assim, na cultura ocidental, a veste peculiar do homem é a calça.Não há outra peça do vestuário que caracterize tão bem a veste masculina como a calça.Por outro lado, a veste que caracteriza o vestuário feminino, sem dúvida alguma, é a saia ou vestido.Já em outras civilizações, as características que distinguem a veste feminina são outras. Assim, pela Bíblia, não importa que características provocam a distinção; o importante é que elas existam e sejam notórias.
        Atentamo-nos para um exemplo simples que revela a verdade de que calça é veste peculiar masculina, não importando modelo, corte,etc.
        Se colocarmos uma calça (tida como calça de modelo feminina) em um homem, e este, sair a passear pelas ruas da cidade, nenhuma pessoa ou talvez poucas perceberiam alguma coisa diferente. Pois é um homem e está de calça, não importando que seja um modelo “tido como feminino” ninguém perceberá algo gritante.Por que? Calça é veste masculina. Porém se colocar nele uma saia ou vestido.Todos perceberão.Por que? É uma veste feminina. Neste exemplo fica fácil de compreender a diferença!
        Outra verdade que se extrai deste versículo é a de que tal peculiaridade não é disponível.Isto é, não é uma faculdade o homem usar roupa de homem e a mulher usar roupa de mulher, mas é um dever do seguidor do Senhor se trajar assim.Não há opção.Se quisermos seguir a Deus, temos que nos sujeitar a vontade divina, inclusive nesse aspecto.Não há que se falar de tal mandamento faz parte da lei cerimonial, ou que se trata de uma norma de convivência para a jornada no deserto, ou mesmo de uma regra dietética.Absolutamente não. O caráter moral e de santidade é evidente quer pela universalidade do mandamento,podendo ser aplicável, como já vimos,em todas as culturas, quer pela repulsa que o Senhor dá ao seu descumprimento, taxando de “abominável” o desobediente.
         Esta aliás é outra verdade que se extrai do versículo 22: um homem que veste roupa peculiar à mulher ou uma mulher que veste roupa peculiar ao homem é abominável ao Senhor.Assim, se trouxermos para a nossa realidade, um homem que vestir saia ou vestido ou uma mulher que usar calça se constitui uma pessoa abominável aos olhos do Senhor. Por quê?No contexto do versículo citado,mais precisamente nos versos 9,10 e 11,o Senhor proíbe determinadas misturas.Contudo, não impõe qualquer sanção ao descumprimento da proibição e nem o considera abominável.São normas civis, não espirituais,embora delas se possa extrair um ensino moral.Isto nos indica que, ao proibir o uso de vestimentas que não realcem a distinção de sexo, Deus está preocupado em manter bem nítida tal distinção, evitando qualquer confusão ou semelhança entre os sexos.Mas por que Deus teria tal preocupação?A resposta, a partir desta premissa, é simples.É que Deus abomina o homossexualismo, que nada mais é que mistura de sexos.O mesmo Senhor, de forma expressa, declara tal abominação (Lv 20.13).Este entendimento,aliás,tem amparo na tradução judaica.O professor Henri Daniel-Rops ensina que fica claro no Talmude que agir em desrespeito ao determinado por Deus em Dt 22.5 “levanta suspeita de homossexualidade”
         Na mesma linha segue John D. Watts, no “Comentário Bíblico Broadman”: “A designação do comportamento proibido, no versículo 5, como uma abominação ao Senhor, identifica-o como de mais do que passageira importância”. J.A. Thompson, por sua vez, em seu comentário a Deuteronômio, assim como John Watts, associa a anulação de diferença da vestimenta entre os sexos, à prática de adoração a demônios.Segundo Thompson, “escritores posteriores, como Luciano de Samosata e Eusébio, mencionam a prática do travesti no culto de Astarote.Aparentemente as mulheres apareciam com roupas masculinas e os homens com roupas femininas. Mesmo tal reversão de ordem natural das coisas era ofensiva, pois a distinção entre roupas masculinas e femininas é algo universal”.Conclui o mesmo autor afirmando que ”O ensino do  Novo Testamento em Gálatas 3.28, de que não há macho nem fêmea, mas que todos os crentes são um em Cristo Jesus,se aplica não a coisas como roupas, mas a nossa posição espiritual perante Deus.Sem sermos legalistas, a tentativa de reconhecer a diferença relativa entre os sexos, dentro da sua unidade comum a sua humanidade,é um princípio digno de ser preservado”.
        Ora, se consideramos o homossexualismo como coisa condenável,a mesma idéia deveremos ter em relação ao uso de calça pela mulher e de saia pelo homem;isto, como já se disse, na civilização ocidental, entre a qual está o Brasil. Para Deus tanto uma prática como a outra se constitui em abominação.Alguém poderá retorquir dizendo: “mas muitas igrejas usam tais vestimentas”. Este argumento não é válido diante da Palavra de Deus. Ela é soberana.Se o aceitássemos teríamos que aceitar o homossexualismo,pois há igrejas evangélicas que já o admitem e, o que é pior, até ordena como seus ministros pessoas nessa situação de desobediência. 

2 comentários:

  1. gostei bastante deste estudo que Deus te abençõe amado do Senhor Jesus e te conserve firme nas escrituras sagrada.

    ResponderExcluir
  2. gostei bastante deste estudo que Deus te abençõe amado do Senhor Jesus e te conserve firme nas escrituras sagrada.

    ResponderExcluir