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sábado, 26 de novembro de 2011

Obediência por Obrigação ou Obediência por Amor?

Introdução:
John Hyde, conhecido como "o homem que orava", foi missionário na Índia. Ele ganhou, pessoalmente, mais de 50 mil almas para Cristo. Porém, Hyde sabia o que era amar a Deus e, por isso, não se contentava com tudo o que fazia. Ele queria amar a Deus.
Certo dia. durante uma Convenção de Missionários, quando as luzes dos alojamentos de todos já havia se apagado, a luz do Quarto do irmão John continuava acesa. Preocupados, alguns irmãos foram ver o Que havia acontecido: encontraram o homem de Deus jogado no chão, com a Bíblia aberta diante de si e iluminada pela Iamparina. Ao ser perguntado sobre o que estava acontecendo, Hyde respondeu: "estava buscando mais um mandamento para obedecer". Isso é amar a Deus.
Jesus foi claro: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai. e eu também o amarei e me manifestarei a ele" (Jo 14.15.21).

1 Uma visão dos mandamentos a partir do amor

a) A visão revelada e a visão legalista
A partir do momento em que temos a visão do amor a Deus, recebemos a revelação dos mandamentos dEle não mais como lei, mas como uma carta de amor.
Ao olhar os mandamentos de Deus como lei, tornamo-nos legalistas. Há dois tipos de legalista: o liberal e o justiceiro.

b) A visão do legalista liberal
O liberal é aquele que está sempre procurando um "furo" na lei para desobedecê-Ia. Para ele, a lei de Deus é muito pesada. Busca interpretações que compatibilizem a palavra de Deus com os desejos da carne. Gosta muito de chamar os outros crentes de legalistas, esquecendo que é quem o é.
A respeito deles a bíblia fala em 2 Timóteo 4.3 : "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestre segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos". Tratam a lei de Deus como se fosse uma coisa inanimada, assim como é a lei dos homens. Esquecem que a palavra de Deus é viva (Hb 4.12) e que ela é o próprio Cristo (Jo 1.1.14).
De nada adianta "dar curva" na lei do Senhor, pois o valor da obediência não está na obediência em si, mas no amor que a gerou. A obediência é apenas o fruto do amor, o que agrada a Deus, na verdade, é a causa da obediência: o amor.
Os lega listas liberais se assemelham muito a um advogado "porta-de-cadeia", que a todo pano busca um detalhe da lei para soltar o cliente. O liberal, normalmente, prega muito sobre o amor ao próximo. Porém, o seu amor, quase sempre, não
passa do nível de amor recíproco, ou seja, ama quem lhe ama. É gentil, suas palavras são doces e é extremamente educado. Consegue ser um ótimo cidadão da terra, mas não conseguirá ser cidadão do céu. Esquece que a salvação não é por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, mas pelo fato de que nascemos de novo (Jo 3.3.5) e somos filhos de Deus e, se somos filhos, amamos ao Pai e o obedecemos (Rm8.14.15;Ef5.1.2;2Ts2.10; 1 Pe 1.14).
Oração e jejum não é o forte do liberal. Como está sempre buscando um amparo para a carne, defende que Jesus já jejuou por nós. Possivelmente "pulou" a passagem em que Jesus falou que, quando Ele fosse ao céu, a Sua igreja jejuaria (Mt 2.20; Lc 5.35). Esquece, igualmente, as diversas passagens que demonstram que o jejum e a vigília, acompanhados de oração, eram práticas comuns na igreja primitiva (At 13.2,3; 14.23; 2 Co 6.5; 11.27).

c) A visão do legalista justiceiro
O "justiceiro" está no oposto do liberal, mas dele se aproxima por uma razão: não recebeu a revelação do amor a Deus. Para ele, a obediência aos mandamentos divinos também é um peso, porém, um peso a que resignadamente decidiu suportar. Como os mandamentos lhe são pesados, não consegue obedecer a muitos, mas aos que obedece cumpre-os à risca, com minúcias, e se exalta por isso.
Em compensação, vira um policial, sempre pronto a flagrar o pobre coitado que for pego em descumprimento ao mandamento que o "justiceiro" consegue obedecer. É um crítico profissional, murmurador por natureza, e sempre pronto a pedir a disciplina de um faltoso. Por ter uma grande força de vontade, não se preocupa em buscar a força de Deus. Oração e jejum, decididamente, não é o seu forte. Afinal, para que jejuar e orar se ele consegue ser uma pessoa exemplar, um bom cidadão, sem oração e jejum?

d) A verdadeira visão de amor
Para Quem obedece por amor, tudo é diferente. A começar porque os mandamentos de Deus não lhe são penosos: "porque este é o amor de Deus: Que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos" (I Jo 5.3).
O amor faz com que os mandamentos de Deus não sejam penosos, muito pelo contrário, ocorrerá na vida do cristão o que ocorreu na vida de Davi, quando proclamou "terei prazer nos teus mandamentos, os ouaís eu amo" (Sl 119.47).
A Bíblia mostra Que a presença do Espírito Santo e a mortificação da carne levam o crente a esse caminho de obediência por amor. Não é do dia para a noite, mas um processo de aperfeiçoamento, um processo de santificação pela ação do amor de Deus, fruto do Espírito. Foi a esse processo divino que o apóstolo João se referiu em I João 2.5.6:
“Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou".
Qualquer outro pensamento sobre o que é amar ao Senhor esbarra no firme posicionamento da palavra de Deus: "e o amor é este: Que andemos segundo os seus mandamentos" (2 Jo 1.6).

2. Dedicação total: uma conseqüência do amor

A dedicação no amor a Deus deve ser total. No registro de Mateus, Jesus disse que o salvo ama a Deus de toda a sua alma, de todo o seu coração e de todo o seu entendimento. Jesus estava falando de todo o ser estar envolvido no amar a
Deus. O coração (do grego "kardia"), significando o centro do homem tanto física quanto espiritualmente, suas emoções e seu intelecto, tudo, com a máxima força, deve estar envolvido no amor por Deus, e, consequentemente, na obediência aos seus mandamentos.

Conclusão:
Ao invés de o entendimento estar preocupado em achar interpretações para "aliviar"a obediência, Jesus ensinou que a nossa mente deve estar na mesma posição em que estava a mente de John Hyde, quando, de madrugada, buscava mais um mandamento para obedecer. De igual forma, as nossas emoções e as nossas forças, espirituais e físicas, devem estar empenhadas nessa luta ao lado do Espírito e contra a carne, para que venhamos a amar a Deus e, como noiva de Jesus, fazer o máximo para lhe agradar.
O legalista - liberal ou justiceiro faz o mínimo para não ir para o inferno. Quem ama a Deus faz o máximo para agradá-Io.
O legalista vive na carne; o que ama a Deus se inclinará para as coisas do Espirito, e por isso viverá
com Deus (Rm 8.5, 6).

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Situação das mulheres na janela 10/40

As mulheres da Janela 10-40 se constituem no grupo mais discriminado dentre os não-alcançados. As mulheres enquadram-se dentro desta categoria em alguns contextos específicos. No mundo muçulmano, por exemplo, as mulheres passam suas vidas escondidas atrás do véu do Islã.
É grande o número de mulheres no Afeganistão que vivem suas vidas limitadas ao quintal dos fundos de sua casa, vivendo sem contato com o exterior e abrigando depressão e tristeza em seus corações, sendo vítimas das mentiras e radicalismo do Islamismo, privadas até mesmo do prazer sexual (pois muitas delas têm sido mutiladas ainda quando crianças por seus próprios familiares). Sem nenhum contato com o mundo externo, como estas mulheres irão conhecer a Palavra de Deus?
Muitas outras atrocidades físicas são cometidas contra mulheres em diversos povos.
As mulheres neste lugar do mundo têm menos acesso à educação, e a alta taxa de analfabetismo dificulta o conhecimento de Jesus Cristo através da leitura da Bíblia.
William Carey, enquanto esteve na Índia, viu mulheres sendo queimadas vivas junto com o esposo recém falecido. Este era um costume daquela nação e sempre que o marido morria, a mulher deveria ser queimada viva junto ao seu cadáver. Um costume vil que desrespeitava por completo o valor da mulher como indivíduo e como ser humano. Ele indignou-se com esta situação e lutou durante 25 anos até que esta realidade foi mudada pelas autoridades da Índia. Quantas mulheres foram salvas desta terrível morte pelo esforço, dedicação e amor de um só homem? Quantas ainda não serão salvas se dedicarmos nosso esforço oração e oferta para o envio de missionários a este povo que está entre os dois mais populosos do planeta. A índia tem 600.000 cidades e vilas e em 500.000 dessas cidades e vilas ainda não há obreiros cristãos.
Mais de 2 milhões de mulheres são submetidas à mutilação genital a cada ano. E uma vida sexual saudável passa a ser apenas uma utopia para centenas de milhares de jovens e mulheres neste local.
Na janela 10/40 há pelo menos 1,3 bilhões de pessoas em extrema pobreza, desse montante 70% são Mulheres.
2/3 dos 876 milhões de analfabetos do mundo são mulheres.
Na África Sub-Saarina e sul da Ásia apenas 2 a 7 mulheres em cada grupo de 1000 têm nível secundário ou universitário.
Mais de 1,2 milhões de mulheres morrem por ano vítimas de complicações no parto e gravidez que poderiam ser evitadas.
As mulheres da Janela 10-40 precisam do nosso esforço oração e envio de missionários para mudar sua situação de vida e para transformar seu choro em riso através do conhecimento de Jesus Cristo.