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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

10 Motivos para não acreditar em re-encarnação

10 MOTIVOS RACIONAIS PARA NÃO ACREDITAR NA RE-ENCARNAÇÃO


1. Se a alma humana se reencarna para pagar os pecados cometidos numa vida anterior, deve-se considerar a vida como uma punição, e não um bem em si. Ora, se a vida fosse um castigo, ansiaríamos por deixá-la, visto que todo homem quer que seu castigo acabe logo. Ninguém quer ficar em castigo longamente. Entretanto, ninguém deseja, em sã consciência, deixar de viver. Logo, a vida não é um castigo. Pelo contrário, a vida humana é o maior bem natural que possuímos.


2. Se a alma se reencarna para pagar os pecados de uma vida anterior, dever-se-ia perguntar quando se iniciou esta série de reencarnações. Onde estava o homem quando pecou pela primeira vez? Tinha ele então corpo? Ou era puro espírito? Se tinha corpo, então já estava sendo castigado. Onde pecara antes? Só poderia ter pecado quando ainda era puro espírito. Como foi esse pecado? Era então o homem parte da divindade? Como poderia ter havido pecado em Deus? Se não era parte da divindade, o que era então o homem antes de ter corpo? Era anjo? Mas o anjo não é uma alma humana sem corpo. O anjo é um ser de natureza diversa da humana. Que era o espírito humano quando teria pecado essa primeira vez?


3. Se a reencarnação fosse verdadeira, com o passar dos séculos haveria necessariamente uma diminuição dos seres humanos, pois que, à medida que se aperfeiçoassem, deixariam de se reencarnar. No limite, a humanidade estaria caminhando para a extinção. Ora, tal não acontece. Pelo contrário, a humanidade está crescendo em número. Logo, não existe a reencarnação.


4. Respondem os espíritas que Deus estaria criando continuamente novos espíritos. Mas então, esse Deus criaria sempre novos espíritos em pecado, que precisariam sempre se reencarnar. Jamais cria ele espíritos perfeitos?


5. Se a reencarnação dos espíritos é um castigo para eles, o ter corpo seria um mal para o espírito humano. Ora, ter corpo é necessário para o homem, cuja alma só pode conhecer através do uso dos sentidos. Haveria então uma contradição na natureza humana, o que é um absurdo, porque Deus tudo fez com bondade e ordem.


6. Se a reencarnação fosse verdadeira, o nascer seria um mal, pois significaria cair num estado de punição, e todo nascimento deveria causar-nos tristeza Morrer, pelo contrário, significaria uma libertação, e deveria causar-nos alegria. Ora, todo nascimento de uma criança é causa de alegria, enquanto a morte causa-nos tristeza. Logo, a reencarnação não é verdadeira.


7. Vimos que se a reencarnação fosse verdadeira, todo nascimento seria causa de tristeza. Mas, se tal fosse certo, o casamento - causador de novos nascimentos e reencarnações – seria mau. Ora, isto é um absurdo. Logo, a reencarnação é falsa.


8. A reencarnação causa uma destruição da caridade. Se uma pessoa nasce em certa situação de necessidade, doente, ou em situação social inferior ou nociva -- como escrava, por exemplo, ou pária – nada se deveria fazer para ajudá-la, porque propiciar-lhe qualquer auxílio seria, de fato, burlar a justiça divina que determinou que ela nascesse em tal situação como justo castigo de seus pecados numa vida anterior. É por isso que na Índia, país em que se crê normalmente na reencarnação, praticamente ninguém se preocupa em auxiliar os infelizes párias. A reencarnação destrói a caridade. Portanto, é falsa.


9. A reencarnação causaria uma tendência à imoralidade e não um incentivo à virtude. Com efeito, se sabemos que temos só uma vida e que, ao fim dela, seremos julgados por Deus, procuramos converter-nos antes da morte. Pelo contrário, se imaginamos que teremos milhares de vidas e reencarnações, então não nos veríamos impelidos à conversão imediata. Como um aluno que tivesse a possibilidade de fazer milhares de provas de recuperação, para ser promovido, pouco se importaria em perder uma prova - pois poderia facilmente recuperar essa perda em provas futuras - assim também, havendo milhares de reencarnações, o homem seria levado a desleixar seu aprimoramento moral, porque confiaria em recuperar-se no futuro. Diria alguém: "Esta vida atual, desta vez, quero aproveitá-la gozando à vontade. Em outra encarnação, recuperar-me-ei" . Portanto, a reencarnação impele mais à imoralidade do que à virtude.


10. A doutrina da reencarnação conduz necessariamente à idéia gnóstica de que o homem é o redentor de si mesmo. Mas, se assim fosse, cairíamos num dilema:
a. Ou as ofensas feitas a Deus pelo homem não teriam gravidade infinita;
b. Ou o mérito do homem seria de si, infinito.
Que a ofensa do homem a Deus tenha gravidade infinita decorre da própria infinitude de Deus. Logo, dever-se-ia concluir que, se homem é redentor de si mesmo, pagando com seus próprios méritos as ofensas feitas por ele a Deus infinito, é porque seus méritos pessoais são infinitos. Ora, só Deus pode ter méritos infinitos.
Se o homem fosse divino por sua natureza, como se explicaria ser ele capaz de praticar o mal ?...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Andar em Espírito e não segundo a Carne

(Gálatas 5:25) - Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.

1 - Impedimento para isso: a Carne

Carne (sarx)- é a natureza decaida que herdamos de Adão;

Características importantes sobre a carne:

(Romanos 8:7) - Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
(I Corintios 2:14) - Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
a- Não pode ser sujeita a Lei de Deus;
b- A simples inclinação a carne torna-se inimizade contra Deus;
c- A carne não aceita as coisas de Deus;

2 - Salvação e a Carne (Natureza Humana)

No plano de salvação Jesus tratou da natureza carnal, proporcionando a REGENERAÇÃO ou NOVO NASCIMENTO.
(I Pedro 1:23) - Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.
Por isso Jesus disse a Nicodemos:"necessário te é nascer de novo" (Jo 3.3-5)
(Efésios 4:24) - E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.

3 - Carne x Nova natureza
(Gálatas 5:17) - Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.

O salvo passa a ter dentro de si duas naturezas:

A carnal, herdada de Adão
Esta natureza é corrupta, deseja o pecado, deseja e alimenta-se com as coisas do mundo e terrenas.

A espiritual, adquirida através da regeneração,
Esta deseja e alimenta-se com as coisas de Deus.

Se inclinar-nos para a Carne, alimentando-a com as coisas do mundo, matamos a nova natureza;
(Romanos 8:6) - Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.

Se inclinar-nos para o Espirito Santo e cuidar-nos da nova natureza então esta ficará viva em nós e ocuparemos uma posição de salvo em Cristo Jesus;
(Romanos 8:13) - Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

Emerge aqui o Princípio da Conveniência
(I Corintios 6:12) - Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.
O novo nascimento nos tira da questão legal e faz nos ir além e compreende que importa saber o que convêm ou não convêm.
Alimenta a carne ou a nova natureza?

4 - As Obras da Carne:
(Gálatas 5:19) - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia
(Gálatas 5:20) - Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias
(Gálatas 5:21) - Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus
(Judas 1:23) - E salvai alguns com temor, arrebatando-os do fogo, odiando até a túnica manchada da carne.

5 - O que Precisamos fazer com as obras de nossa carne? Crucificar
(Gálatas 5:24) - E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
(Mateus 16:24) - Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;

Espirito X Carne

domingo, 15 de janeiro de 2012

A formação da Bíblia

A formação da Bíblia

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (2 T m 3. /6)

Introdução
Embora a maior prova da veracidade da Bíblia já esteja no fato de possuir vida em si mesma, ou seja, se cumprir naquilo que ela própria estabelece, é importante conhecermos como ela chegou até nós. Como ocorreu o reconhecimento de seus componentes como divinamente inspirados, e como foi estabelecida a perpetuação deste livro através dos séculos.

I. O Significado e Formação

1. Sua mensagem
Quando falamos da Bíblia, falamos de uma coleção de livros. A Bíblia é um conjunto de Escritos Sagrados que chegou até nós, atravessando séculos, por meio do povo judeu e pelos cristãos zelosos.
A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade, é a vontade de Deus escrita, que contém quem Deus é, quem o homem é, o que Deus fez pelo homem e o que o Senhor requer do homem, além do que o homem precisa ser e fazer para chegar até o Criador.

2. O termo "Bíblia"
A palavra "Bíblia" passou por grandes mudanças. "Bíblos" era o nome de uma antiga cidade Fenícia, famosa pela exportação de papiros. Deste nome se originou a palavra "Biblion" (livro) e, mais tarde, "TÁ BIBLÍA” (os livros). O plural grego que determinava o nome "Bíblia" transformou-se, no latim posterior, em nome feminino, singular, "Bíblia", o livro. E com este sentido foi transmitido para todas as línguas modernas. Mas o conceito vem do hebraico "SEFARAIM", empregado pela primeira vez em Dn 9.2 " ... Eu Daniel, entendi pelos livros ... ".

3. Idiomas originais
Os textos da Bíblia foram copiados e recopiados de geração para geração em diversos idiomas, tais como: hebraico, aramaico e grego, até chegar a nós.
O nome Bíblia foi aplicado às Escrituras, originalmente por João Crisóstomo, grande pregador e patriarca de Constantinopla (398-404).

4. Organização dos textos

a) Divisão em Capítulos
A Bíblia em sua forma original é desprovida das divisões de capítulos e versículos. Para facilitar sua leitura e localização de citações, o professor universitário parisiense Stephen Langton, no ano de 1227, a dividiu em capítulos.

b) Divisão em Versículos
Até o ano de 1551 não existia a divisão denominada versículo. Neste ano, o tipógrafo francês Robert Stephanus chegou à conclusão da necessidade de uma subdivisão e agrupou os textos em versículos.

c) Composição
A Bíblia é composta de 66 livros, e, com a subdivisão adotada, contém aproximadamente 1.189 capítulos, 3 I. I 73 versículos, mais de 773.000
palavras e, na versão em português, aproximadamente 3.600.000 letras. Gasta-se, em média, 50 horas para lê-Ia ininterruptamente (38h para o Antigo Testamento e 12h para o Novo Testamento).
Pode-se lê-Ia em um ano seguindo estas orientações: 3,5 capítulos diariamente ou 23 por semana ou, ainda, 100 por mês em média.

5. Sua expansão
Até a invenção da gráfica pelo alemão Johannes Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois os manuscritos eram todos feitos artesanalmente e poucos tinham acesso às Escrituras.
Os povos de língua portuguesa só começaram a ter acesso à Bíblia de uma forma mais econômica a partir do ano de 1748. Quando foi impressa a primeira Bíblia em português, uma tradução feita a partir da "Vulgata Latina" (tradução da Bíblia para o latim, escrita entre fins do século IV e início do século V. por São Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso I).
Atualmente, a Bíblia encontra-se traduzida em mais de 1000 línguas e dialetos, o equivalente a 50% das línguas faladas no mundo. Há uma estimativa de que já foram comercializados no planeta milhões de exemplares entre a versão integral e o NT. Mais de 500 milhões de livros isolados já foram comercializados. Afirma-se, ainda, que a cada minuto 50 Bíblias são vendidas, perfazendo um total diário de aproximadamente 72 mil exemplares!
No segundo domingo de Dezembro, comemora-se, no Brasil, o Dia Nacional da Bíblia, instituído pela lei nº 10.335, de 19.12.2001.

2 Traduções e Versões

I. Em que material foi escrita?

a)Tábuas de pedra: inscrições ou textos eram entalhados em pedras ou rochas. Sua superfície mais lisa ou tosca poderia ser coberta com uma camada de reboco, antes de ser feita a inscrição, como acontecia no Egito e sobre altares de pedra. Tabletes de pedra eram utilizados para textos reais,comemorativos ou religiosos, ou ainda para cópias públicas de editos legais como, por exemplo, o Código de Hamurabi (um dos mais antigos conjuntos de leis escritas já encontrados. e um dos exemplos
mais bem preservados deste tipo de documento da antiga Mesopotâmia). Aparentemente mediam por volta de 45 cm de comprimento por 30 cm de largura e foram utilizados para registrar, por exemplo, os Dez Mandamentos (Êxodo 24.12). A palavra "tábua" provavelmente descreve a forma retangular e não o tipo de material utilizado.

b) Papiro: é uma espécie de papel rudimentar, feito de folhas extraídas de uma planta originária do Rio Nilo, que tem o mesmo nome. e uma vez prensada servia como um tipo de papel. Mais tarde, esta técnica aprimorou-se e apareceram os rolos de papiro. Sua utilização não é mencionada diretamente no Antigo Testamento, embora seja comprovada sua utilização, desde o século XI a.C, na Fenícia; na Assíria e Babilônia, desde o século VII a.c., e no Egito em todos os períodos. Entre os achados de I 947 nas cavernas de Qumram (sítio arqueológico localizado a uma milha da margem noroeste do Mar Morto que tornou-se célebre com a descoberta de manuscritos antigos Que ficaram conhecidos como "Manuscritos do Mar Morto") foram encontrados papiros pertencentes ao século 11 a.c.

c) Pergaminho: é empregado na forma de rolo desde o século XVII a.c. Era feito de couro de animal curtido até ficar bem macio e era deixado numa espécie de cal para que ficasse branco, servindo como papel. Media uns 7 metros de comprimento. Quando colados ou costurados, chegavam a medir até 20 metros. Peles de cabras e ovelhas
podiam ser facilmente obtidas pelos israelitas, e o uso que faziam desse material, para cópias posteriores de textos bíblicos, comprova que já o usavam desde tempos remotos.


d) Trajetória da Bíblia até os dias atuais:
Pedra - Argila - Cerâmica - Madeira - Couro - Papiro - Velino - Pergaminho - Papel - CD
Áudio - CD-Room - On-line (internet).

2. A Bíblia e seus escritores
A Bíblia foi escrita durante um período de mais de 1500 anos. Foram aproximadamente 40 os seus autores, servos inspirados pelo Espírito Santo. Apesar dos seus diversos autores, é um só livro, com uma única mensagem, isenta de contradições
em seu conteúdo.
É um livro espiritual, aceita-se pela fé, direcionado a um povo especifico, o povo de Deus. São estes todos os que foram lavados e restaurados no sangue de Jesus e o têm como Mestre.
Devemos lê-Ia em espírito, meditando em seus ensinamentos e ouvindo a voz do Santo Espírito, que nos dá a compreensão. É um livro especial, que traz os princípios da fé do povo de Deus.

3. Como a Bíblia Chegou até Nós

A questão de quais livros pertencem à Bíblia é chamada questão canônica. A palavra cânon significa régua, vara de medir, regra, e, em relação à Bíblia, refere-se à coleção de livros que passaram pelo teste de autenticidade e autoridade: significa
ainda que esses livros são nossa regra de vida. Mas, como foi formada esta coleção?

I. Os Testes de Canonicidade
Em primeiro lugar. é importante lembrarmos que certos livros já eram canônicos antes de qualquer teste Ihes ser aplicado. Isso é como dizer que alguns alunos são inteligentes antes mesmo de se Ihes ministrar uma prova. Os testes apenas provam aquilo que intrinsecamente já existe. Do mesmo modo, nem a Igreja nem os concílios eclesiásticos jamais concederam canonicidade ou autoridade a qualquer livro: o livro era autêntico ou não no momento em que foi escrito. A Igreja, em seus concílios, reconheceu certos livros como Palavra de Deus e, com o passar do tempo, aqueles assim reconhecidos foram colecionados para formar o que hoje chamamos de Bíblia.

Que testes a Igreja aplicou?

a) Havia o teste da autoridade do escritor.
Em relação ao A T. isto significava a autoridade do legislador, ou do profeta, ou do líder em Israel. No caso do N.T., o livro, para ser reconhecido, deveria ter sido escrito ou influenciado por um apóstolo. Em outras palavras, deveria ter a assinatura ou aprovação de um apóstolo. Pedro, por exemplo, apoiou a Marcos, e Paulo a Lucas.

b) Os próprios livros deveriam dar alguma prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado e autorizado por Deus. Seu conteúdo deveria se demonstrar ao leitor como algo diferente de qualquer outro livro por comunicar a revelação de Deus.

c) O veredito das igrejas quanto à natureza canônica dos livros era importante. Na verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas quanto aos livros que mereciam lugar entre os inspirados. Embora seja fato que alguns livros bíblicos tenham sido recusados ou Questionados por alguma minoria, nenhum livro cuja autenticidade foi questionada por um número grande de igrejas veio a ser aceito posteriormente como parte do cânon.

2. A Formação do Cânon
O cânon da Escritura estava se formando, é claro, à medida que cada livro era escrito, e completou-se quando o último livro foi terminado. Quando falamos da "formação" do cânon, estamos realmente falando do reconhecimento dos livros canônicos pela Igreja. Esse processo levou algum tempo. Alguns afirmam que todos os livros do AT, já haviam sido colecionados e reconhecidos por Esdras, no quinto século a.C. Referências nos escritos de Flávio Josefo (95 d.C) indicam a extensão do cânon do
AT, como os 39 livros que hoje aceitamos.
A discussão do chamado Sínodo de Jâmnia (o denominado Concílio de Jâmnia, realizado nos finais do século I d.C e inicio do II, destinou-se a procurar um rumo para o judaísmo, após a destruição do Templo de Jerusalém, no ano 70 d.C. Nesse concilio os participantes decidiram considerar como textos canônicos do judaísmo apenas os que existiam em língua hebraica e que remontassem ao tempo do profeta Esdras -Wikipedia) parece ter partido deste cânon. Nosso Senhor delimitou a extensão dos livros canônicos do A.T. quando acusou os escribas de serem culpados da morte de todos os
profetas que Deus enviara a Israel, de Abel a Zacarias (Lc 11.51). O relato da morte de Abel está, é claro,em Gênesis; o de Zacarias se acha em 2 Crônicas 24.20,21, que é o último livro na disposição da Bíblia hebraica (em lugar de nosso Malaquías). Para
nós, é como se Jesus tivesse dito: "Sua culpa está registrada em toda a Bíblia - de Gênesis a Malaquías". Ele não incluiu qualquer dos livros apócrifos que já existiam em seu tempo e que continham relatos das mortes de outros mártires israelitas.
O primeiro concílio eclesiástico a reconhecer todos os 27 livros do N.T foi o concílio de Cartago, em 397 d.C. Alguns livros do N.T, individualmente, já haviam sido reconhecidos como canônicos muito antes disso (2 Pe 3.16; I Tm 5.18) e a maioria deles foi aceita como canônica no século posterior ao dos apóstolos (Hebreus, Tiago, 2 Pedro,
2 e 3 leão e Judas foram debatidos por algum tempo). A seleção do cânon foi um processo que continuou até que cada livro provasse o seu valor, passando pelos testes de canonicidade.
Os doze livros apócrifos (gr. apókruphos, sígnificando' oculto, secreto' - são os
livros que relatam parte da história judaica mas não são considerados canônicos) do AT, jamais foram aceitos pelos judeus ou por nosso Senhor no mesmo nível de autoridade dos livros canônicos. Eles eram respeitados, mas não foram considerados como Escritura.
A Septuagínta (versão grega do A T, produzida entre o terceiro e o segundo século a.C) incluiu os apócrifos com o A T, canônico.
Jerônimo (340 - 420 d.C.), ao traduzir a Vulgata, distinguiu entre os livros canônicos e os eclesiásticos (que eram os apócrifos), e essa distinção acabou por conceder-Ihes uma condição de canonicidade secundária. O Concílio de Trento (1548) reconheceu-os como canônicos, embora os reformadores tenham rejeitado tal decreto.
Em algumas versões protestantes dos séculos XVI e XVII, os apócrifos foram
colocados à parte.

4. Os Textos de que dispomos na Bíblia, São Confiáveis?

I. As primeiras cópias
Os manuscritos originais do A I. e suas primeiras cópias foram escritos em pergaminhos ou papiro, desde o tempo de Moisés (c. 1450 a.C) até o tempo de Malaquias (400 a.C). Até a sensacional descoberta dos Rolos do Mar Morto, em 1947, não possuíamos cópias do A T, anteriores a 895 d.C. A razão de isto acontecer era a veneração quase supersticiosa que os judeus tinham pelo texto e que os levava a enterrar as cópias, à medida que ficavam gastas demais para uso regular.

2. Os textos Massoréticos
Na verdade, os massoretas (escribas judeus que se dedicaram a preservar e cuidar das escrituras que atualmente constituem o Antigo Testamento), que acrescentaram os acentos e transcreveram a vocalização entre 600 e 950 d.C., padronizando em geral o texto do A T, engendraram maneiras sutis de preservar a exatidão das cópias que faziam. Verificavam cada cópia cuidadosamente, contando as letras de cada página, livro e divisão. Alguém já disse que qualquer coisa numerável era numerada.

3. Os rolos do Mar Morto
Quando os Rolos do Mar Morto foram descobertos, trouxeram a lume um texto hebraico datado do segundo século a.C. de todos os livros do AT,à exceção de Ester.
Em couro e papiro, esses documentos são de inestimável valor para o estudo do ambiente judaico pré-cristão. Sob o nome de manuscritos do Mar Morto, tornaram-se conhecidos esses documentos descobertos em 1947 em grutas e ruínas do território da Jordânia. As jarras de cerâmica que continham os rolos escritos foram encontradas por
Mohamed al-Dib, um pastor de 15 anos, na região de Khirbet Qumran, cerca de dois quilômetros a noroeste do mar Morto. Nas décadas de 1950 e 1960, em áreas próximas, descobriram-se outros documentos que também ficaram conhecidos com o mesmo nome (Fonte: Barsa Planeta - Ed. 2006).
Essa descoberta foi extremamente importante, pois forneceu um instrumento muito mais antigo para verificarmos a exatidão do Texto Massorético, que se provou extremamente exato.

4. Septuaginta e outras traduções
Outros instrumentos antigos de verificação do texto hebraico incluem a Septuaginta (tradução grega preparada em meados do terceiro século a.C), os targuns aramáicos (paráfrases e citações do AT.), citações em autores cristãos da antiguidade, a tradução latina de Jerônimo (a Vulgata, 400 d.C.), feita diretamente do texto hebraico corrente em sua época. Todas essas fontes nos oferecem dados que asseguram um texto extremamente exato do A.T.
Mais de 5.000 manuscritos do N.T. existem ainda hoje, o que o torna o mais bem documentado dos escritos antigos. O contraste é surpreendente.
Além de existirem muitas cópias do N.T.,muitas delas pertencem a uma data bem próxima a dos originais. Há aproximadamente setenta e cinco fragmentos de papiro datados de 135 d.C. até o oitavo século, possuindo partes de 25 dos 27 livros, num total de 40% do texto. As muitas centenas de cópias feitas em pergaminho incluem o gran-
de Códice Sinaítico (um dos mais antigos manuscritos bíblicos existentes, em grego, datado do século IV. Contém o Novo Testamento inteiro e, atualmente, acha-se no Museu Britânico - Fonte: Wikipedia), o Códice Vaticano (também quarto século) e o Códice Alexandrino (quinto século). Além disso, há cerca de 2.000 lecionários (livretos de uso litúrgico que contêm porções das Escrituras), mais de 86.000 citações do N.T. nos escritos dos Pais da Igreja, antigas traduções latinas, siríaca e egípcia, datadas do terceiro século, e a versão latina de Jerônimo.
Todos esses dados, mais o trabalho feito pelos estudiosos da paleografia, arqueologia e crítica textual, nos asseguram possuirmos um texto exato e fidedigno no Novo Testamento .


5. Traduções em Português

Os mais antigos registros de tradução de trechos da Bíblia para o português datam do final do século xv.
Porém, centenas de anos se passaram até que a primeira versão completa estivesse disponível em três volumes, em 1753. Trata-se da tradução de João Ferreira de Almeida.
A primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume, aconteceu em Londres, em 1819, também na versão de Almeida.
A Bíblia encontra-se com as seguintes versões em português: Corrigida: Revista Atualizada; Contemporânea; Nova Tradução na Linguagem de Hoje;
Viva; Jerusalém; NVI- Nova Versão Internacional



Traduções da Bíblia em Português
Veja a seguir a cronologia das principais traduções da Bíblia completa publicadas
na Língua Portuguesa.

1753 - Publicação da tradução de João Ferreira de Almeida, em três volumes.

1790 - Versão de Figueiredo - elaborada a partir da Vulgata pelo Padre católico Antônio Pereira de Figueiredo, publicada em sete volumes, depois de 18 anos de trabalho.

1819 - Primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume. Tradução de João Ferreira de Almeida.

1898 - Revisão da versão de João Ferreira de Almeida, que recebeu o nome de Revista e Corrigida. A tradução de Almeida foi trazida para o Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, em data anterior à fundação da SBB. Naquela época, a tradução de Almeida foi entregue a uma comissão de tradutores brasileiros, que foram incumbidos de tirar os lusitanismos do texto, dando a ele uma feição mais brasileira.

1919 - Versão Brasileira. Elaborada a partir dos originais, foi produzida durante 15 anos por uma comissão de especialistas e sob a consultoria de alguns ilustres brasileiros. Entre eles: Rui Barbosa, José Veríssimo e Heráclito Graça.

1932 - Versão de Matos Soares. elaborada em Portugal.

1956 - Versão Revista e Atualizada. elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil. Quando em 1948. a SBB foi fundada, uma nova revisão de Almeida, independente da Revista e Corrigida, foi encomendada a outra equipe de tradutores brasileiros. O resultado desse novo trabalho. publicado em 1956, é o que hoje conhecemos como a versão Revista e Atualizada.

1959 - Versão dos Monges Beneditinos. Elaborada a partir dos originais para o francês. na Bélgica. e traduzida do francês para o português.

1968 - Versão dos Padres Capuchinhos. Elaborada no Brasil. a partir dos originais, para o português.

1988 - Bíblia na Linguagem de Hoje. Elaborada no Brasil, pela Comissão de Tradução da SBB. a partir dos originais.

1993 - 2ª Edição da versão Revista e Atualizada. de Almeida, elaborada pela SBB.

1995 - 2ª Edição da versão Revista e Corrigida, de Almeida, elaborada pela SBB.

2000 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Elaborada pela Comissão de Tradução da SBB.

Conclusão
Embora não necessitemos verificar a origem física da Bíblia para crermos nela,
pois, além de conhecermos sua origem espiritual pela ação do Espírito Santo, a experimentamos e comprovamos que ela é de Deus, constatamos que sua formação atesta sua fidelidade ao que Deus quis transmitir. Isso mostra-nos que Deus trabalha nas mais diferentes formas e situações para que Sua vontade se cumpra. Em todos os
momentos em que a Bíblia estava sendo formada através da inspiração do Espírito
Santo sobre simples seres mortais, Deus estava no controle de tudo. E o Seu projeto
foi concluído.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Alguns fatos sobre a santificação

Sabendo que um dos atributos da salvação é a santificação,alguns fatos referente a este processo divino, relevante na vida espiritual, em cada salvo em Cristo Jesus.


1 Não ensinar que uma pessoa deve santificar é impedir o agir do Espirito Santo , pois Ele é quem opera isso na vida do crente:
(Romanos 1:4) - Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor,

2 Para ter vida eterna e ser salvo é necessário termos frutos de santificação em nossa vida:
(Romanos 6:22) - Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.

3 A santificação deve atingir o nosso corpo:
(Romanos 6:19) - Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação.
(Romanos 12:1) - ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

4 Não ensinar o povo a se santificar é estar fora da vontade de Deus:
(I Tessalonicenses 4:3) - Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição;

5 A Biblia ordena aperfeiçoar em nós a santificação:
(II Corintios 7:1) - ORA, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.

6 O nosso corpo deve ser mantido em santificação:
(I Tessalonicenses 4:4) - Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra;

7 Deus no chamou para a santificação:
(I Tessalonicenses 4:7) - Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.

8 Fomos eleitos para a santificação:
(II Tessalonicenses 2:13) - Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do SENHOR, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;
(I Pedro 1:2) - Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.

9 No que nós precisamos perseverar para sermos salvos?
(I Timóteo 2:15) - ..., se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.

10 Quem vera a Deus, ou seja será salvo?Somente os santificados
(Hebreus 12:14) - Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;

11 Como a igreja deve ser, segundo o propósito divino?
(Efésios 5:27) - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

sábado, 26 de novembro de 2011

Obediência por Obrigação ou Obediência por Amor?

Introdução:
John Hyde, conhecido como "o homem que orava", foi missionário na Índia. Ele ganhou, pessoalmente, mais de 50 mil almas para Cristo. Porém, Hyde sabia o que era amar a Deus e, por isso, não se contentava com tudo o que fazia. Ele queria amar a Deus.
Certo dia. durante uma Convenção de Missionários, quando as luzes dos alojamentos de todos já havia se apagado, a luz do Quarto do irmão John continuava acesa. Preocupados, alguns irmãos foram ver o Que havia acontecido: encontraram o homem de Deus jogado no chão, com a Bíblia aberta diante de si e iluminada pela Iamparina. Ao ser perguntado sobre o que estava acontecendo, Hyde respondeu: "estava buscando mais um mandamento para obedecer". Isso é amar a Deus.
Jesus foi claro: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai. e eu também o amarei e me manifestarei a ele" (Jo 14.15.21).

1 Uma visão dos mandamentos a partir do amor

a) A visão revelada e a visão legalista
A partir do momento em que temos a visão do amor a Deus, recebemos a revelação dos mandamentos dEle não mais como lei, mas como uma carta de amor.
Ao olhar os mandamentos de Deus como lei, tornamo-nos legalistas. Há dois tipos de legalista: o liberal e o justiceiro.

b) A visão do legalista liberal
O liberal é aquele que está sempre procurando um "furo" na lei para desobedecê-Ia. Para ele, a lei de Deus é muito pesada. Busca interpretações que compatibilizem a palavra de Deus com os desejos da carne. Gosta muito de chamar os outros crentes de legalistas, esquecendo que é quem o é.
A respeito deles a bíblia fala em 2 Timóteo 4.3 : "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestre segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos". Tratam a lei de Deus como se fosse uma coisa inanimada, assim como é a lei dos homens. Esquecem que a palavra de Deus é viva (Hb 4.12) e que ela é o próprio Cristo (Jo 1.1.14).
De nada adianta "dar curva" na lei do Senhor, pois o valor da obediência não está na obediência em si, mas no amor que a gerou. A obediência é apenas o fruto do amor, o que agrada a Deus, na verdade, é a causa da obediência: o amor.
Os lega listas liberais se assemelham muito a um advogado "porta-de-cadeia", que a todo pano busca um detalhe da lei para soltar o cliente. O liberal, normalmente, prega muito sobre o amor ao próximo. Porém, o seu amor, quase sempre, não
passa do nível de amor recíproco, ou seja, ama quem lhe ama. É gentil, suas palavras são doces e é extremamente educado. Consegue ser um ótimo cidadão da terra, mas não conseguirá ser cidadão do céu. Esquece que a salvação não é por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, mas pelo fato de que nascemos de novo (Jo 3.3.5) e somos filhos de Deus e, se somos filhos, amamos ao Pai e o obedecemos (Rm8.14.15;Ef5.1.2;2Ts2.10; 1 Pe 1.14).
Oração e jejum não é o forte do liberal. Como está sempre buscando um amparo para a carne, defende que Jesus já jejuou por nós. Possivelmente "pulou" a passagem em que Jesus falou que, quando Ele fosse ao céu, a Sua igreja jejuaria (Mt 2.20; Lc 5.35). Esquece, igualmente, as diversas passagens que demonstram que o jejum e a vigília, acompanhados de oração, eram práticas comuns na igreja primitiva (At 13.2,3; 14.23; 2 Co 6.5; 11.27).

c) A visão do legalista justiceiro
O "justiceiro" está no oposto do liberal, mas dele se aproxima por uma razão: não recebeu a revelação do amor a Deus. Para ele, a obediência aos mandamentos divinos também é um peso, porém, um peso a que resignadamente decidiu suportar. Como os mandamentos lhe são pesados, não consegue obedecer a muitos, mas aos que obedece cumpre-os à risca, com minúcias, e se exalta por isso.
Em compensação, vira um policial, sempre pronto a flagrar o pobre coitado que for pego em descumprimento ao mandamento que o "justiceiro" consegue obedecer. É um crítico profissional, murmurador por natureza, e sempre pronto a pedir a disciplina de um faltoso. Por ter uma grande força de vontade, não se preocupa em buscar a força de Deus. Oração e jejum, decididamente, não é o seu forte. Afinal, para que jejuar e orar se ele consegue ser uma pessoa exemplar, um bom cidadão, sem oração e jejum?

d) A verdadeira visão de amor
Para Quem obedece por amor, tudo é diferente. A começar porque os mandamentos de Deus não lhe são penosos: "porque este é o amor de Deus: Que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos" (I Jo 5.3).
O amor faz com que os mandamentos de Deus não sejam penosos, muito pelo contrário, ocorrerá na vida do cristão o que ocorreu na vida de Davi, quando proclamou "terei prazer nos teus mandamentos, os ouaís eu amo" (Sl 119.47).
A Bíblia mostra Que a presença do Espírito Santo e a mortificação da carne levam o crente a esse caminho de obediência por amor. Não é do dia para a noite, mas um processo de aperfeiçoamento, um processo de santificação pela ação do amor de Deus, fruto do Espírito. Foi a esse processo divino que o apóstolo João se referiu em I João 2.5.6:
“Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou".
Qualquer outro pensamento sobre o que é amar ao Senhor esbarra no firme posicionamento da palavra de Deus: "e o amor é este: Que andemos segundo os seus mandamentos" (2 Jo 1.6).

2. Dedicação total: uma conseqüência do amor

A dedicação no amor a Deus deve ser total. No registro de Mateus, Jesus disse que o salvo ama a Deus de toda a sua alma, de todo o seu coração e de todo o seu entendimento. Jesus estava falando de todo o ser estar envolvido no amar a
Deus. O coração (do grego "kardia"), significando o centro do homem tanto física quanto espiritualmente, suas emoções e seu intelecto, tudo, com a máxima força, deve estar envolvido no amor por Deus, e, consequentemente, na obediência aos seus mandamentos.

Conclusão:
Ao invés de o entendimento estar preocupado em achar interpretações para "aliviar"a obediência, Jesus ensinou que a nossa mente deve estar na mesma posição em que estava a mente de John Hyde, quando, de madrugada, buscava mais um mandamento para obedecer. De igual forma, as nossas emoções e as nossas forças, espirituais e físicas, devem estar empenhadas nessa luta ao lado do Espírito e contra a carne, para que venhamos a amar a Deus e, como noiva de Jesus, fazer o máximo para lhe agradar.
O legalista - liberal ou justiceiro faz o mínimo para não ir para o inferno. Quem ama a Deus faz o máximo para agradá-Io.
O legalista vive na carne; o que ama a Deus se inclinará para as coisas do Espirito, e por isso viverá
com Deus (Rm 8.5, 6).